A seguir, uma descrição ampliada dos 12 discípulos de Jesus, incluindo suas personalidades, profissões, o que aconteceu com eles após a morte de Jesus e seus papéis durante o ministério de Jesus.
Quem Foram os 12 Discípulos e o que Aconteceu com Eles Depois da Morte de Jesus?
1. Pedro (Simão Pedro)
• Profissão: Pescador
• Personalidade: Impulsivo, corajoso e cheio de fé.
• Papel no Ministério: Pedro era o líder natural do grupo e frequentemente falava em nome dos discípulos. Ele foi uma figura central em várias situações importantes, como quando identificou Jesus como o Messias.
• Após a Morte de Jesus: Pedro se tornou o principal líder da Igreja em Jerusalém e teve papel fundamental na expansão do cristianismo entre os judeus e gentios. Ele foi martirizado em Roma, supostamente crucificado de cabeça para baixo.
2. André
• Profissão: Pescador (irmão de Pedro)
• Personalidade: Humilde e discreto.
• Papel no Ministério: André apresentou outras pessoas a Jesus, incluindo Pedro, e desempenhou um papel de “ponte” para conectar outros ao Mestre.
• Após a Morte de Jesus: Ele pregou o evangelho em regiões como a Grécia e a Ásia Menor. Segundo a tradição, ele foi crucificado em uma cruz em forma de X, que mais tarde ficou conhecida como “Cruz de Santo André”.
3. Tiago, filho de Zebedeu
• Profissão: Pescador
• Personalidade: Intenso e corajoso.
• Papel no Ministério: Junto com Pedro e João, Tiago fazia parte do círculo mais íntimo de Jesus e esteve presente em momentos cruciais, como a Transfiguração.
• Após a Morte de Jesus: Tiago foi o primeiro apóstolo a ser martirizado, morto por ordem do rei Herodes Agripa I, cerca de uma década após a morte de Jesus.
4. João
• Profissão: Pescador (irmão de Tiago)
• Personalidade: Sensível e reflexivo.
• Papel no Ministério: Ele era o “discípulo amado” e esteve próximo de Jesus em momentos íntimos, como a Última Ceia. Sua ênfase no amor e na verdade o destacava entre os discípulos.
• Após a Morte de Jesus: João se tornou uma figura de liderança e supostamente escreveu o Evangelho de João, três cartas e o Apocalipse. Ele é o único apóstolo que, segundo a tradição, morreu de causas naturais, exilado na ilha de Patmos.
5. Filipe
• Profissão: Possivelmente pescador ou comerciante
• Personalidade: Prático e inquisitivo.
• Papel no Ministério: Filipe tinha uma natureza lógica e questionadora, e frequentemente buscava respostas diretas de Jesus sobre questões espirituais.
• Após a Morte de Jesus: Ele pregou na Ásia Menor, onde, segundo a tradição, foi martirizado. Algumas tradições indicam que foi crucificado ou apedrejado.
6. Bartolomeu (Natanael)
• Profissão: Possivelmente agricultor ou comerciante
• Personalidade: Honesto e genuíno.
• Papel no Ministério: Bartolomeu era uma pessoa sincera e franca. Ele foi trazido a Jesus por Filipe e prontamente reconheceu a divindade de Jesus.
• Após a Morte de Jesus: Ele pregou em lugares como a Índia e a Armênia. A tradição afirma que ele foi esfolado e depois decapitado devido à sua fé.
7. Tomé (Dídimo)
• Profissão: Possivelmente pescador ou artesão
• Personalidade: Cético e analítico.
• Papel no Ministério: Conhecido por sua dúvida após a ressurreição, Tomé buscava evidências antes de acreditar, mas depois demonstrou uma fé firme e leal.
• Após a Morte de Jesus: Ele levou o evangelho até a Índia, onde muitas tradições afirmam que foi martirizado por lanceiros.
8. Mateus (Levi)
• Profissão: Cobrador de impostos
• Personalidade: Leal e compassivo.
• Papel no Ministério: Mateus usou sua experiência como cobrador de impostos para registrar o evangelho com precisão e detalhe, mostrando um coração transformado pela compaixão.
• Após a Morte de Jesus: Ele pregou na Etiópia e em outras regiões. Algumas tradições indicam que foi martirizado, mas a forma exata de sua morte não é clara.
9. Tiago, filho de Alfeu
• Profissão: Desconhecida
• Personalidade: Humilde e silencioso.
• Papel no Ministério: Conhecido como “Tiago, o Menor”, ele não teve um papel proeminente nos Evangelhos, o que sugere uma devoção silenciosa e constante.
• Após a Morte de Jesus: A tradição afirma que ele pregou na Síria e foi martirizado, possivelmente apedrejado ou crucificado.
10. Tadeu (Judas, filho de Tiago)
• Profissão: Desconhecida
• Personalidade: Leal e entusiasta.
• Papel no Ministério: Tadeu mostrou interesse em entender o propósito de Jesus de se revelar aos discípulos e não ao mundo todo, evidenciando um desejo de ver o Reino expandido.
• Após a Morte de Jesus: Ele pregou na Mesopotâmia e, segundo a tradição, foi martirizado na Pérsia.
11. Simão, o Zelote
• Profissão: Desconhecida; possivelmente associado ao movimento zelote
• Personalidade: Fervoroso e comprometido.
• Papel no Ministério: Simão trouxe sua paixão ao grupo de discípulos e aceitou a missão pacífica de Jesus, abandonando possíveis tendências revolucionárias.
• Após a Morte de Jesus: Ele pregou em lugares como o Egito e a Pérsia. A tradição indica que foi martirizado, possivelmente ao lado de Judas Tadeu.
12. Judas Iscariotes
• Profissão: Tesoureiro do grupo (ou posição de tesoureiro)
• Personalidade: Complexa e talvez ambiciosa.
• Papel no Ministério: Ele era o responsável por cuidar das finanças do grupo, mas acabou traindo Jesus por trinta moedas de prata, frustrado com o rumo do ministério de Jesus.
• Após a Morte de Jesus: Arrependido, Judas tirou a própria vida após a prisão de Jesus. Ele foi substituído por Matias entre os 12 apóstolos.
Maria Madalena é considerada discípula de Jesus?
Maria Madalena é amplamente considerada uma discípula de Jesus, embora não faça parte dos 12 discípulos tradicionais. Ela desempenhou um papel essencial no ministério de Jesus e é uma figura central nos Evangelhos.
Maria Madalena é mencionada várias vezes no Novo Testamento e é especialmente notável por ser uma das seguidoras mais próximas de Jesus. Ela esteve presente em momentos cruciais, incluindo a crucificação e o sepultamento de Jesus, e foi a primeira pessoa a vê-lo após a ressurreição, recebendo a missão de anunciar essa boa nova aos apóstolos. Esse papel a fez ganhar o título de “apóstola dos apóstolos” em algumas tradições cristãs.
A tradição e os Evangelhos descrevem Maria Madalena como uma mulher de grande devoção e fé. Ela foi libertada de “sete demônios” por Jesus, o que é frequentemente interpretado como uma cura espiritual profunda. Depois disso, ela dedicou sua vida a segui-lo, apoiando o ministério com seus próprios recursos e acompanhando-o, junto com outras mulheres, durante suas viagens.
Portanto, embora não faça parte do grupo dos 12 discípulos, Maria Madalena é considerada uma discípula e é reverenciada como uma das seguidoras mais leais e importantes de Jesus, sendo reconhecida por sua proximidade espiritual e papel de liderança entre as mulheres seguidoras de Cristo.