A História de José do Egito – O Perdão (Parte III)

A história de José do Egito, a partir do momento em que o faraó o nomeia governador, é uma das mais conhecidas na Bíblia e está registrada no livro de Gênesis, capítulos 41 a 50.

Depois de interpretar os sonhos do faraó, que previam sete anos de fartura seguidos por sete anos de fome, José foi nomeado pelo faraó como governador do Egito, com a responsabilidade de preparar o país para a grande fome que viria. José, que havia sido vendido como escravo por seus irmãos e passado anos preso injustamente, agora era o segundo homem mais poderoso do Egito, abaixo apenas do faraó.

 

José como Governador do Egito

José imediatamente começou a trabalhar, organizando um plano para estocar grãos durante os sete anos de fartura. Ele construiu grandes armazéns e coletou um quinto de toda a produção agrícola do Egito, garantindo que houvesse provisões suficientes para os anos de escassez.

amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó Gênesis 41:35
“Encarregue-se de juntar todo o alimento produzido nos anos bons que virão e levá-lo para os armazéns do faraó. Mande-os colocar e guardar os cereais, para que haja mantimento nas cidades.” (Gênesis 41:35, Bíblia de Estudo NVT)

Quando os anos de fome chegaram, a fome não afetou apenas o Egito, mas também outras terras ao redor. As pessoas de várias regiões começaram a viajar para o Egito em busca de comida, pois ouviram que havia grãos armazenados. José vendeu os grãos ao povo e, com o tempo, adquiriu todas as terras e gado do Egito para o faraó, tornando o faraó extremamente rico e poderoso.

 

Os Irmãos de José no Egito

Enquanto isso, a fome também atingiu Canaã, onde a família de José vivia. Jacó, o pai de José, enviou seus filhos ao Egito para comprar grãos. Quando os irmãos de José chegaram ao Egito, eles não o reconheceram, mas José os reconheceu imediatamente. Em um primeiro momento, José não se revelou a eles; em vez disso, ele os testou para ver se haviam mudado.

José acusou-os de serem espiões, mas finalmente os libertou, mantendo Simeão como refém e exigindo que trouxessem seu irmão mais novo, Benjamim, na próxima viagem. Quando os irmãos retornaram ao Egito com Benjamim, José preparou um banquete para eles.

Os egípcios não podiam comer com os hebreus Gênesis 43:32
“Serviram-lhe a ele à parte, e a eles à parte, e aos egípcios, que comiam com ele, também à parte; porque os egípcios não podiam comer com os hebreus, porquanto isso era abominação para os egípcios.” (Gênesis 43:32, Almeida Revista e Corrigida)

Explicação

Essa passagem ilustra a separação social entre os egípcios e os hebreus, refletindo as barreiras culturais e religiosas que existiam entre os dois grupos na época.


Ele ainda não se revelou e colocou uma taça de prata no saco de Benjamim, acusando-o de roubo. Quando os irmãos foram trazidos de volta, Judá, o irmão que havia sugerido vender José anos antes, implorou pela vida de Benjamim e se ofereceu para ficar no lugar dele como escravo. Esse ato de sacrifício demonstrou a mudança no caráter dos irmãos.

 

José se Revela

Comovido pelo arrependimento de seus irmãos, José finalmente revelou sua verdadeira identidade. Ele chorou e se reconciliou com eles, explicando que Deus havia permitido tudo aquilo para salvar muitas vidas. José instruiu seus irmãos a trazerem seu pai e toda a família para viverem no Egito, onde ele poderia cuidar deles durante a fome.

 

A Família de José no Egito

Jacó e toda a sua família se mudaram para o Egito, onde foram recebidos calorosamente por José e pelo faraó. Eles se estabeleceram na terra de Gósen, uma das melhores regiões do Egito, e prosperaram ali.

Antes de morrer, Jacó abençoou seus filhos e fez José prometer que seus ossos seriam levados de volta para Canaã, a terra prometida, quando Deus tirasse os israelitas do Egito. Após a morte de Jacó, os irmãos de José temeram que ele se vingasse deles, mas José os tranquilizou, dizendo que ele não guardava rancor e que tudo o que havia acontecido estava nos planos de Deus.


Explicação

Canaã não era uma cidade, mas uma região geográfica. Na Bíblia, Canaã refere-se a uma grande área que abrange o que hoje corresponde a partes de Israel, Palestina, Líbano, Síria e Jordânia.

Essa região era habitada por diversos povos, conhecidos coletivamente como cananeus, e incluía várias cidades-estado independentes, cada uma governada por seu próprio rei. Alguns exemplos de cidades importantes na região de Canaã mencionadas na Bíblia incluem Jericó, Hebrom, Siquém e Jerusalém.

Canaã é frequentemente mencionada na Bíblia como a “Terra Prometida” que Deus prometeu dar aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Quando a família de Jacó vivia em Canaã, eles eram nômades, pastores que se moviam pela região com seus rebanhos, em vez de viverem em uma cidade específica. Portanto, Canaã se refere a toda a área geográfica onde eles viviam, não a uma cidade em particular.


O Legado de José

José viveu por muitos anos no Egito, sendo sempre lembrado por sua sabedoria e habilidade de gestão. Ele foi uma figura crucial na preservação de sua família e no cumprimento das promessas de Deus a Abraão, Isaque e Jacó. José morreu no Egito, mas, como havia prometido a seu pai, seus ossos foram levados de volta para Canaã durante o Êxodo, quando os israelitas foram libertados da escravidão no Egito sob a liderança de Moisés.

A história de José é uma poderosa narrativa de perdão, reconciliação e a soberania de Deus em meio às dificuldades.

 

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