O Cristianismo no Irã

O cristianismo tem apresentado um crescimento notável no Irã nos últimos anos, mesmo diante de intensa perseguição religiosa. Estima-se que o número de cristãos iranianos, muitos deles convertidos do islamismo, varie entre 800 mil e 3 milhões de pessoas.

 

O Crescimento do Cristianismo no Irã

Esse aumento é atribuído a uma “fome espiritual” e à desilusão com o regime islâmico vigente, levando muitos iranianos a buscar novas formas de espiritualidade. Além disso, a dedicação de cristãos que arriscam suas vidas para compartilhar o Evangelho tem sido um fator crucial nesse crescimento.

Apesar da repressão governamental, que inclui prisões e outras formas de perseguição, o número de cristãos continua a crescer, desafiando as ameaças do regime e demonstrando a resiliência da fé em meio à adversidade.

Pesquisas indicam que a sociedade iraniana está se tornando mais secularizada, com apenas 32% dos entrevistados se identificando como muçulmanos xiitas, embora o governo estime esse número em 95%. Essa mudança pode estar contribuindo para o aumento das conversões ao cristianismo.

Em resumo, o cristianismo no Irã está crescendo de forma significativa, impulsionado por uma busca espiritual e pela coragem de indivíduos que, apesar da perseguição, continuam a professar sua fé.

 

O Cristianismo Não é Crime no Irã

No Irã, o cristianismo é reconhecido como uma religião minoritária protegida pela Constituição, e os cristãos têm um representante no Parlamento. No entanto, a conversão do islamismo para o cristianismo, conhecida como apostasia, é proibida e pode ser punida com a morte. Embora a lei penal iraniana não mencione explicitamente a apostasia, juízes podem basear suas decisões em fatwas islâmicas, resultando em condenações.

Além disso, atividades como evangelismo e proselitismo são ilegais, e os convertidos enfrentam perseguições, incluindo prisões e acusações de crimes contra a segurança nacional. Por exemplo, líderes de grupos cristãos ex-muçulmanos foram presos e condenados a vários anos de prisão sob essas acusações.

Embora ser cristão não seja crime no Irã, a conversão do islamismo para o cristianismo e a prática aberta da fé cristã, especialmente entre convertidos, podem levar a severas punições legais e perseguições.

 

As Igrejas no Irã

No Irã, a construção de novas igrejas para comunidades cristãs étnicas reconhecidas, como armênios e assírios, é permitida, e essas comunidades têm locais de culto estabelecidos. Por exemplo, a Igreja Católica possui 18 paróquias no país.

No entanto, para cristãos convertidos do islamismo, a situação é mais restritiva. O governo iraniano proíbe a construção de igrejas que realizem cultos em persa, a língua oficial do país, visando impedir a evangelização entre muçulmanos. Além disso, igrejas existentes que realizavam cultos em persa foram forçadas a encerrar essas atividades ou mesmo a fechar completamente. Por exemplo, a Igreja Assembleia de Deus em Teerã foi fechada em 2013 por realizar cultos em persa.

Consequentemente, muitos cristãos convertidos recorrem a reuniões clandestinas em casas, conhecidas como “igrejas domésticas”, para praticar sua fé. Essas reuniões são frequentemente alvo de vigilância e repressão pelas autoridades, resultando em prisões e outras formas de perseguição.

Em resumo, enquanto comunidades cristãs tradicionais têm permissão para manter seus locais de culto, embora com restrições, cristãos convertidos enfrentam severas limitações e perseguições ao tentar praticar sua fé publicamente no Irã.

 

As Bíblias em Persa são Proibidas

No Irã, a distribuição de literatura cristã em persa é proibida, o que inclui a Bíblia nesse idioma. Embora existam traduções modernas da Bíblia para o persa, como a “Persian Contemporary Translation” publicada em 1995, sua distribuição é ilegal.

As autoridades iranianas monitoram e reprimem a posse e disseminação de materiais religiosos não islâmicos em persa. Por exemplo, em 2014, um grupo de cristãos foi condenado à prisão por participar de um estudo bíblico, acusado de “agir contra a segurança nacional” e fazer “propaganda contra a ordem do sistema”.

Em resumo, apesar de existirem traduções da Bíblia em persa, sua distribuição e posse são severamente restringidas no Irã, especialmente para materiais não sancionados pelo governo.

 

A Pregação Pública do Cristianismo

No Irã, a pregação pública do cristianismo é estritamente proibida. O governo iraniano considera o proselitismo cristão uma ameaça à segurança nacional, especialmente quando direcionado a muçulmanos. A conversão do islamismo para o cristianismo, conhecida como apostasia, é punível com a morte, embora a aplicação dessa pena varie. Além disso, o evangelismo e a disseminação de literatura cristã em persa são ilegais.

Cristãos que se envolvem em atividades missionárias ou proselitismo enfrentam perseguições severas, incluindo prisões e, em casos extremos, a pena de morte. Por exemplo, o pastor Youcef Nadarkhani foi condenado à morte em 2010 por apostasia, embora sua sentença tenha sido posteriormente comutada. Em resumo, pregar o cristianismo em público no Irã é proibido e pode resultar em graves consequências legais e pessoais.

 

 

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