Plínio, o Jovem (Gaius Plinius Caecilius Secundus), que foi governador da província romana da Bitínia (na atual Turquia) no início do século II, mencionou os cristãos em uma de suas cartas, embora não tenha mencionado Jesus diretamente pelo nome.
A Carta de Plínio ao Imperador Menciona Jesus
Em uma de suas cartas ao imperador Trajano, escrita por volta de 112 d.C. (conhecida como Cartas 10.96), Plínio descreve como lidou com os cristãos na sua jurisdição. Ele estava buscando orientação sobre como proceder com as crescentes comunidades cristãs que se recusavam a adorar os deuses romanos e ao imperador. Embora ele não mencione Jesus diretamente, suas descrições referem-se aos cristãos como seguidores de alguém chamado “Cristo”, que eles reverenciavam como uma figura central de sua fé.
Trecho da carta de Plínio ao imperador Trajano
“Eles tinham o costume de se reunir num dia determinado, antes do amanhecer, e cantar hinos a Cristo como a um deus, e obrigavam-se por juramento a não cometer nenhum crime, mas a evitar furtos, roubos e adultério; a não violar a palavra dada, nem se recusarem a restituir o que lhes fosse confiado quando exigido.”
Pontos Importantes da carta
• Cristo como figura central:
Plínio menciona que os cristãos cantavam hinos a “Cristo como a um deus”, o que confirma a importância central de Jesus (Cristo) para a prática cristã naquela época.
• Perseguição aos cristãos:
Plínio detalha como prendeu e interrogou cristãos e descreve suas práticas. Ele também menciona que os cristãos que renunciavam a Cristo e faziam sacrifícios aos deuses romanos eram libertados, o que reflete a tensão entre o cristianismo emergente e o paganismo romano.
Significado Histórico
Essa carta é uma importante evidência de que, no início do século II, o cristianismo já estava suficientemente difundido para atrair a atenção das autoridades romanas. A menção de Cristo nessa carta, mesmo que indireta, reforça o reconhecimento de Jesus como uma figura adorada pelos cristãos e, portanto, confirma sua historicidade a partir de uma fonte externa.
Embora Plínio não mencione eventos específicos da vida de Jesus, sua carta é um testemunho valioso da prática cristã e da forma como os romanos viam os seguidores de Cristo.
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